quarta-feira, 13 de abril de 2011

O mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos tão mesquinhos...

Eu tenho muito medo. Medo de juntar todas as minhas forças, me dedicar, me esforçar e no final das contas, nada der certo. Tenho medo de fracassar. Não deveria deixar que o medo me abatesse, eu sei. Mas não consigo simplesmente me esforçar enquanto não chega a minha oportunidade. Não sei ser assim. Eu quero tudo. E quero agora. Não sei esperar, planejar, sonhar. Aliás, isso eu até sei, isso eu sempre faço. Mas foram tantos sonhos frustrados, tantas doses de realidade que me fizeram colocar os pés no chão e ter receio que este seja apenas mais um. Apenas mais um entre centenas de milhares, de milhões e bilhões de sonhos frustrados. Mas eu não posso me abater, eu sei. Não posso deixar que o medo me impeça de tentar, que me impeça de seguir em busca do que eu quero. As dificuldades ainda nem apareceram e eu já estou aqui chorando meus medos. É que ando necessitada de um desabafo. Aliás, ando necessitada de muito mais do que um desabafo...




Vem cá, me dá um abraço, um colo, um carinho. Me diz que eu vou conseguir, e que no final,  vai ficar tudo bem...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Do amor.

Não falo do amor romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento, relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com amor. Chamam de amor esse querer escravo, e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o amor já está pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado. Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor se manifesta. A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado. O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita. O amor é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? O amor é desconhecido. Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência. A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não, não podemos subestimar o amor. Não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O amor brilha. Como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, o amor grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço. E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor a navega. Morrer de amor é a substância de que a vida é feita, ou melhor, só se vive no amor. E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.


Extraído do CD "Eu falso da minha vida o que eu quiser", Paulinho Moska.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tanto clichê, deve não ser.

Amor pra mim é o sentimento mais puro e ao mesmo tempo mais vago que tenho na cabeça.
Hoje em dia o amor se tornou tão clichê, que até mesmo um bom dia (ou quem sabe, um vai tomar no cu) consegue ser mais sincero.
Você "adc" uma pessoa no orkut, e pronto, ela manda um coração agradecendo.
Alguém te segue no twitter, pede pra você segui-la de volta e faz o mesmo.
MAS QUE PORRA, AMOR NÃO É BOM DIA. É difícil entender isso?
Bom dia você fala pra qualquer merda de estranho na rua, pro seu vizinho chato, pra sua professora que te deixou de recuperação por um ponto, praquele babaca que te deu um pé na bunda quando te conquistou, pra QUALQUER UM.
Agora, AMOR, pra quem não sabe o significado, vai ai uma colinha:

1- Afeição profunda a outrem, a ponto de estabelecer um vínculo afetivo intenso, capaz de doações próprias, até o sacrifício. 
2. Apego. 
3. Carinho; ternura. 
4. Cuidado; zelo. 

Agora me responda:  você seria capaz de se sacrificar por aquele menino bonitinho do seu orkut? Ou por aquela "amiga" de duas semanas que você fez no Acre?
Sem pensar duas vezes, a resposta é não. Então, meu caro, você NÃO AMA essa pessoa. Entendeu agora? Bom, acho que nem todos. 
Caso você seja uma dessas pessoas que acredita que ama a tudo e a todos, não perca seu tempo lendo esse texto, definitivamente não foi feito pra você.

Como o meu objetivo é deixar claro a minha posição, quero que saibam que eu não amo meus followers, nem os meus "amigos" do orkut, muito menos os contatos do MSN. Caso alguém ache que me ama, saiba que não é recíproco. Eu não amo vocês e não vou amar porque vocês comentam nas minhas fotos super editadas. Se um dia eu amar alguém, aviso. Combinado?

Amor é muito mais do que aquele carinho, afeto e paixão que você sentiu dois meses por um carinha.
Amor, é, além disso, cumplicidade, respeito, amizade, zelo, e é construído com o tempo.
Compare o amor a um exercício de jardinagem: você precisa arrancar  o que faz mal, preparar o terreno, semear,  regar e cuidar.  Pragas, secas ou excessos de chuvas haverá, mas nem por isso você deverá abandonar o seu jardim.
O amor pode ser tanto tudo quanto nada, a única característica (na minha opinião) é que ele sempre carregará pureza e intensidade.